Aline Tenório Cândido, natural de Campina Grande, é mais conhecida como Lini Cândido, ou simplesmente, Line. Moça que, por parte de mãe, tem raízes fortíssimas no estado de Pernambuco, o que não a limita de viajar pelo mundo através das suas paixões sem limites pela literatura, pelos filmes de época, nacionais e internacionais...
Amante da música em seus mais variados estilos, Lini (ousadia nossa trata-la tão intimamente devido aos momentos descontraídos ao qual registramos os seus olhares e sorrisos) demonstra possuir um leve “penhasco” pelo estilo Rock brasileiro. Particularidades da vida de uma menina-mulher de 30 fevereiros que leva a vida plantando felicidade por onde passa.
Bom, mas nós não viemos aqui em busca de limitar a descrever uma vida repleta de dons, pelo contrário, fomos um pouco mais a fundo no que se condiz mostrar o resultado de um trabalho feito à mão. Como não queríamos perder a essência de alguém tão espirituosa quanto a nossa convidada, resolvemos eternizá-la através do nosso olhar e das nossas lentes, os traços e linhas de vida que mais se sobressaíram do seu jeito cinematográfico-literário, se assim podemos dizer.
“Desde pequena eu sempre gostei muito de desenhar...”
Essa é uma parte de um começo, foi retomando um gosto da infância que Lini Cândido foi se descobrindo amante das artes, mas não se limita somente aqui. O amor por cinema e literatura a levou diretamente para os diversos portais na internet onde disponibilizavam os mais variados artigos para colecionadores, mas os valores, como todos sabemos, não eram e nunca foram, tão acessíveis. O ano era 2012 ou 2013, segundo ela que, decidiu então, fazer as suas próprias coleções:
“Em 2012/2013 eu tive vontade de decorar meu quarto com coisas de livros e filmes, mas era tudo muito caro... Daí eu fui pensar no que eu mesma poderia fazer para elaborar o meu quarto, foi daí que comecei a pintar telinhas pra decorar, mas eu nunca saí divulgando por aí.”
Nascia então, uma artista que, posteriormente, partiria para o mundo do artesanato. A partir do momento que a mesma começou a produzir para si, foi tomando gosto e pensando que poderia, também, presentear alguém com algo único que não se compra, ou seja, feito por ela mesma, o que seria de um valor sentimental incalculável e que, jamais alguém no mundo, poderia fazer a ponto de igualar. Tomou então, gosto pela coisa e começou a, também, mexer com artes gráficas.
Os anos foram passando e Aline foi descobrindo mais trabalhos manuais que tinha afinidade como crochê, biscuit, bordados... Foi então quando resolveu empregar as suas energias na ideia de um projeto empreendedor. Resolveu ganhar em cima daquilo que mais ama fazer, nasceu então, o Insight1par, projeto criado por ela para divulgação das suas ideias. Infelizmente, o projeto foi interrompido em decorrência da pandemia da Covid-19.
O lado musical da nossa convidada também foi registrado, ela conta que sempre teve o desejo de aprender a tocar violão, então com ajuda de amigos e assistindo vídeo aulas pela internet, hoje, ela já demonstra intimidade ao dedilhar sentimentos pelas cordas do violão.
Line claramente gosta da leveza que a música trás, da sensação que o dedilhado provoca. A música tem esse poder de nos trazer sensibilidade e sutileza ao ouvir e tocar. Acalma e liberta. Tocar violão te proporciona essas coisas. Num conjunto de notas você emite muito mais que uma simples sonoridade, mas também uma emoção transpassada em acordes.
Após uma boa quantidade de cliques e interações com os itens que tanto a representam, livros, o violão e também os seus bordados, Line mostra que a arte a segue em todos os momentos da sua vida. Uma das coisas mais legais de viver é poder desfrutar da arte e das suas nuances e reproduções.
Aline com toda meiguice e, ao mesmo tempo, desenvoltura, mostrou-se uma artista nata e versátil, deixando sempre vir a tona a sua criatividade, seja nas telas de pintura ou de computador. Em uma mesa digitalizadora, ela permite florir suas ideias e pensamentos. Durante as seções de fotografia Line, permitiu-se como um vaso deixar-se modelar nas mãos do oleiro, que no caso os oleiros éramos nós, os fotógrafos.
Seja qual fosse o ângulo, além de ser indicada ela própria opinava com qual ou quais instrumentos seus ela iria querer ser registrada, mostrando ser uma jovem mulher determinada e cheia de personalidade. Mesmo trazendo traços contidos, discretos e tímidos, Aline traz consigo um ar de inovação também, pois, além de trabalhos com tecidos e outros aviamentos, o seu amor pela literatura, pelos seus desenhos virtuais, tudo isso foi trazido para o estúdio.
Sua essência e o seu amor pelo que faz, tudo isso e mais um pouco, ficou registrado, mostrando ali através das lentes, o talento e a força de uma paraibana mista que ousa adentrar no mundo das artes, por vezes desprezado, mas com seus diferenciais, consegue facilmente alcançar os seus objetivos.
Confira mais imagens no slide-show:
Ficha Técnica
Convidada: Aline Tenório Cândido
Locação: Estúdio de Fotografia - UEPB Fotógrafos: Altaline Oliveira, Daniella Régis, Gabriel Queiroz, Ivana Isidro, Katariny Steffâni e Luíz Carlos Lima
Texto: Altaline Oliveira, Daniella Régis e Gabriel Queiroz
Pós-produção: Daniella Régis
Monitoria: Willy Araújo
Supervisão Editorial: Rostand Melo
Obs: Ensaio produzido antes da pandemia da Covid-19.
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