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  • Joab Freire

Carisma sai em foto? Bastidores do ensaio com Orlando Ângelo


A atividade proposta para compor a primeira unidade da disciplina de Laboratório de Fotojornalismo, no semestre 2017.2 do curso de Jornalismo da UEPB, foi aparentemente simples, mas fiel ao que se propunha: estimular a capacidade técnica e criatividade de tantos e tantas jovens jornalistas, para pensar não só num personagem para descrever com uma foto ou duas fotos, mas compor um perfil que -- ao meu ver -- funciona tal como uma imagem mesmo. É um texto para enxergar além de palavras.

Entre tantas ideias ridiculamente geniais, outras simploriamente ousadas, outras caricatamente sérias, veio até o insight de perfilar um professor. "É simples, é aqui no campus, ele é acessível", justifiquei para convencer a equipe de que essa era uma ótima ideia. No entanto, entre as outras ideias, coloridas, misteriosas, artísticas, tínhamos um professor: nosso professor de Laboratório de Inicialização ao Jornalismo, um sujeito que só de distingue de outros tantos por seu carisma.

"E carisma sai em foto?"

Quando o professor Orlando Ângelo entrou na sala -- sorridente como sempre, elegante como sempre, de "cabelos" penteados como sempre -- tudo aquilo tínhamos combinado antes da sessão de fotos fora de água abaixo. Pensei: "como que vamos retratar um professor, fora do seu ofício em sala de aula?". Até poderíamos e fomos -- depois -- numa sala de aula, mas se fosse apenas lá, a experiência não seria a mesma.

Cochicho vai, cochicho vem e a única estratégia plausível era fazê-lo ser ele mesmo -- mas era tanto Orlando num mesmo Orlando -- e nós só tínhamos isso para fazer, focar numa expressão, mudar a luz, a cor da sombrinha e cercá-lo de perguntas como ele mesmo nos ensinou a fazer.

Mas para nós, aquela atividade de tentar retratar o irretratável e descrever o indescritível rendeu uma noite prazerosa de conversa, uma centena de arquivos inúteis de fotos -- outros muito bons diga-se de passagem -- e uma experiência maravilhosa. Tínhamos um professor-personagem, uma câmera com duas objetivas, um flash várias cadeiras, uma monitora porreta e pouco mais de meia dúzia de estudantes curiosos: o texto, como não poderia ser diferente, sai cheio de impressões e conclusões. A correção de Maria Zita dizia: "você está se colocando muito no texto, o perfil é de Orlando". Mas se eu me colocar em qualquer texto, eu vou estar colocando um pouco de Orlando, outro pouco de Zita, de Rostand e dos meus professores todos, então, paciência, ?

Desta aventura restaram algumas lições: de como tratar e retratar seu mestre, fazendo dele os muitos ele que ele for; e de que carisma sai em foto sim! Veja um exemplo abaixo e até a próxima.

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