Autismo: Desvendando a Complexidade da Comunicação e Interação Social
- vivianearaujo8
- 2 de abr.
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O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio complexo que afeta a comunicação, interação social e comportamentos de indivíduos diagnosticados. Conhecido como um espectro devido à variação na intensidade dos sintomas e sua manifestação em diferentes combinações, o TEA geralmente tem início na infância, com os primeiros sinais podendo surgir antes dos dois anos de idade.
Adriana Souto, estudante do 8° período do curso de psicologia na Faculdade Uninassau da cidade de Campina Grande, PB, de acordo com ela as características observadas em pessoas com TEA, destacam-se a dificuldade de interação social, como manter contato visual e identificar expressões faciais, além da apresentação limitada das próprias emoções. A dificuldade na socialização e comunicação, bem como comportamentos repetitivos, também são observados.
No entanto, vale ressaltar que o diagnóstico do autismo não pode ser feito por meio de um único teste definitivo. Especialistas, como pediatras, neurologistas, psiquiatras e psicólogos, conduzem uma avaliação cuidadosa do comportamento e histórico médico da criança, utilizando uma análise detalhada para identificar os sinais do transtorno.
"O TEA geralmente tem início na infância, com os primeiros sinais podendo surgir antes dos dois anos de idade."
O TEA pode variar em sua gravidade, sendo classificado como autismo leve, moderado ou severo. O marcador de gravidade é baseado no grau de comprometimento que a pessoa apresenta em seu desenvolvimento e funcionamento diário.
A intervenção no autismo abrange uma série de terapias e acompanhamentos essenciais para o desenvolvimento das pessoas no espectro. Mesmo diante de suspeitas de diagnóstico, essas intervenções são indicadas, visando promover estimulação em áreas relevantes para o desenvolvimento.
"As características observadas em pessoas com TEA incluem dificuldade de interação social, como manter contato visual e identificar expressões faciais."
Entre as terapias recomendadas, destaca-se a terapia comportamental, conhecida como ABA (Análise do Comportamento Aplicada). Esse tipo de terapia segue princípios específicos e é amplamente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma abordagem eficaz para pessoas com desenvolvimento atípico, incluindo o autismo.
No entanto, a intervenção no autismo vai além das terapias. É necessário também considerar estratégias no ambiente em que a criança está inserida. Ambientes com estímulos em excesso, como poluição visual, vozes altas, barulhos intensos e cheiros fortes, podem atrapalhar o processamento de informações pelos indivíduos no espectro.

Além disso, é fundamental oferecer apoio visual e aguardar um tempo adequado para que a pessoa processe as informações recebidas. Utilizar objetos e perguntas específicas, ao invés de questionamentos amplos, pode facilitar a comunicação. É importante criar oportunidades para que a criança se comunique, mesmo que seja necessário esperar que ela solicite o que deseja.
A inclusão familiar e a construção de uma rede de apoio são elementos-chave no acolhimento de pessoas com autismo. Participar ativamente da vida da criança e promover um ambiente de pertencimento são fundamentais para seu desenvolvimento e bem-estar.
EXPEDIENTE
Fotografia: Viviane Araujo, Helen Agra , Bruna Ventura e Wanilza Emanuelle
Entrevista: Bruna Ventura
Texto: Viviane Araujo e Helen Agra
Supervisão Editorial: Rostand Melo
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