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  • Rayná Fontes e Rayellenn Lucena

Black lives matter: análise da cobertura dos protestos no EUA



Manifestações ganharam as ruas dos Estados Unidos em 2020, após George Floyd ser assassinado por um policial de Mineápolis que o asfixiou ao manter o joelho em seu pescoço durante uma abordagem. A cena foi gravada por pessoas que estavam no local e registraram o flagrante. Pouco depois, ele parece não se mexer, antes de ser colocado em uma maca e transferido para uma ambulância. Começava ali uma onda de protestos ao redor do mundo. As manifestações ganharam força tanto nas ruas, quanto nas redes sociais, onde foi criada a tag #BlackLivesMatter.


Memorial a George Floyd no local em que ocorreu a brutal prisão que causou sua morte, em 25 de maio de 2020, em Minneapolis. NICHOLAS PFOSI (REUTERS)

No Brasil, não poderia ser diferente. No dia 07 de junho, o Movimento Favela na Luta levou a principal Avenida do Rio de Janeiro a Presidente Vargas, quase mil pessoas para o protesto, mesmo com o risco de serem contagiados pelo Coronavírus, não abriram mão do seu direito de lutar.


Manifestantes seguram cartazes retratando George Floyd durante um protesto contra a brutalidade policial e a desigualdade racial no Brooklyn, Nova York, 13 de junho de 2020 [Arquivo: Caitlin Ochs / Reuters]

Uma das forças policias mais letais do mundo se encontra no Rio de Janeiro, onde quem mais sofre são os moradores de favelas e pretos. São, 80 tiros em um carro, menina de 8 anos baleada, menino de 14 anos morto com um tiro nas costas, o assassinato dos 13 jovens no Complexo do Alemão, se isso não é Racismo não sei o que poderia ser.



REAÇÃO - Policiais brancos se ajoelham como os negros: repúdio à violência Eva Marie Uzcategui/AFP

"Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje." Martin Luther King Jr., em seu famoso discurso em Washington DC."

Se eles sobem atrás de drogas, invadindo o morro, me pergunto porque não faz assim em "área de playboy". Depois de tanto sofrimento vivido pelo povo preto, o acontecido com George Floyd, foi o estopim para a onda de protestos e de atos antirracistas que se espalhou ao redor mundo.

Não entendo porque temos que julgar, alguém pela sua cor de pele, não passa disso, uma cor de pele. O caráter não vai mudar, não vai deixar de ser inteligente por conta disso. É tão revoltante saber, que pessoas são mortas, excluídas, perseguidas, por conta da cor da sua pele.


Protesto do Black Lives Matter em Tampa, Flórida (Foto: Loren Elliott/Tampa Bay Times via AP)

E, infelizmente, atualmente esses casos se tornam ainda mais comuns e frequentes. É normal, nos dias de hoje, ligar em um noticiário e saber que de casos onde um homem ou mulher foam mortos simplesmente pela cor de pele. É lamentável ter que uma pessoa morrer diante dos olhos da opinião pública para que reconheçam essa injustiça e que seja feito algum tipo de movimentação, protesto para acabar de vez com essa fatalidade. Em um comentário feito pela filha de George Floyd de apenas 6 anos de idade demonstra a realidade: “papai mudou o mundo”.


O apoio às manifestações são de total concordância, e sim, sem violência e vandalismo. Para que não possamos retribuir da mesma forma que eles, apesar de ser o desejo de todos, mas dessa forma não podemos mudar essa realidade. As manifestações não poderão trazer George de volta, mas temos a esperança de que seja mudado esse cenário de crime.


Renata Trajano no protesto do dia 31 de maio no Rio de Janeiro. Foto: Raull Santiago


E não podemos deixar de falar sobre as belas fotografias que foram feitas durante os inúmeros protestos ao redor do mundo, onde mostra a indignação dos protestantes


Essas imagens só nos mostram o quanto o que alguns chamam de “mimimi” está cada vez mais ganhando força, em evidencia, não é porque você é uma “autoridade” que vai fazer o que bem quiser e sair impune. Terá consequências, se for necessário ir para as ruas para nossa voz ser ouvida, será exatamente isso que iremos fazer. Quantos pretos são mortos pela simples fatos de serem pretos e isso precisa mudar urgentemente.

RACISTAS NÃO PASSARAM!


 

FICHA TÉCNICA

Texto e análise: Rayná Fontes e Rayellenn Lucena

Supervisão editorial: Rostand Melo




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