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  • Nickson Farias

Depressão no Brasil: Precisamos falar sobre o “Mal do Século”



A depressão, nada mais é, do que um transtorno mental caracterizado pela contínua tristeza, falta de interesse em realizar tarefas que outrora eram realizadas com prazer, além de outros muitos sintomas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a depressão como sendo uma epidemia global e ainda classificou a doença como o “mal do século”.


Ainda segundo a OMS, em um relatório apresentado em 2017, a doença afeta cerca de 322 milhões de pessoas em todo mundo. O relatório ainda estima que em 2030 a doença será a mais comum do mundo. Mas por que os números com respeito a depressão têm crescido tanto? Por que se tem falado tanto no transtorno? E por que a doença se tornou o mal do século?


De fato, o estigma com respeito a depressão tem diminuído cada vez mais. Hoje não existe mais o “tabu” que existia anos atrás para debater o assunto. E de fato isso contribui para que novos casos surjam, visto que, quanto mais se fala sobre o tema com liberdade, mais pessoas procuram o diagnóstico e tratamento. Mas não é apenas isso que fez e continua fazendo o número de pessoas diagnosticadas crescer.


Segundo declaração do presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), Antônio Geraldo Silva, ao Portal UOL, "O ritmo de vida, a falta de qualidade do sono, de exercícios físicos, o excesso de trabalho e o uso excessivo das redes sociais são apenas alguns dos fatores que podem contribuir para o aparecimento da doença e todos eles estão fortemente presentes entre as pessoas nos dias atuais”.


Vale ressaltar ainda que embora tenhamos uma maior liberdade para falar sobre depressão e o estigma com relação a doença tenha diminuído, ele ainda existe. Pessoas ainda acham que a depressão é uma coisa banal e não se faz necessária dar tanta atenção para algo assim. Ainda existem pessoas que acreditam que o transtorno não precisa de tratamento e que frequentar psiquiatras, psicólogos ou qualquer outro profissional que cuide da saúde mental é algo para “doidos”.


E é por isso que precisamos falar cada vez mais sobre a depressão, para que tenhamos uma população consciente, que enfrenta o “mal do século” com a importância que se deve dar a ele.


No Brasil, por exemplo, mais de 11 milhões de pessoas são afetadas pela depressão, segundo dados da OMS. Temos que entender o que é de fato a doença e como ela afeta a sociedade moderna, para que possamos vencê-la.

A depressão não pode ser confundida com uma tristeza momentânea, sentir-se triste é algo normal ao ser humano. Uma pessoa só pode ser diagnosticada com o transtorno quando essa tristeza persiste por dias ou é algo recorrente.


Outros sintomas que facilitam o diagnóstico, que por sinal não é feito por exame e sim por uma análise de profissionais da área, são: a insônia, a ansiedade, perda ou aumento de apetite, insegurança, perda de libido, medo, pessimismo exagerado, raciocínio mais devagar do que o normal, além de dores no corpo e/ou o aparecimento de qualquer outro sintoma físico que aparentemente não tem justificativa alguma (diarreia, enjoo, etc.).


O tratamento adotado para a doença geralmente é através de remédios antidepressivos e da psicoterapia. A forma como a depressão é tratada pode variar a cada caso e não obedece uma regra geral. Mas, sabemos que a doença pode sim ser curada e que se dermos a importância devida a esse transtorno e nos conscientizarmos a respeito dele, podemos vencer o “mal do século”.


Confira mais fotos no slideshow:

 

Ficha técnica

Fotografia e reportagem: Nickson Farias

Monitoria e Redes Sociais: Manoel Cândido , Josineide Barbosa e Louise Viana

Supervisão editorial: Rostand Melo


*Fotoilustrações na pandemia:

O Coletivo F8 optou por produzir matérias do gênero “ilustrações fotográficas” durante a pandemia como forma de manter a produção dos estudantes de fotojornalismo da UEPB respeitando os protocolos de distanciamento social. As fotoilustrações permitem ao fotógrafo criar uma cena com o objetivo de representar visualmente um tema ou pauta. O uso de objetos, cenários e, em alguns casos, edição de imagens é comum neste gênero.

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