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De igual pra igual, quem sabe a gente pode ser feliz

No mundo idealizado das paixões, do amor de cinema a experiência na realidade, é todo um processo necessário que vai além do querer e preparação.

A despedida - Foto: Ramon Salles

Relatar a importância da reciprocidade em relacionamentos no mundo onde a superficialidade dos gestos e friezas das palavras imperam, se torna necessário abordar a responsabilidade afetiva, o tempo reserva surpresa e tudo isso pode chegar ao um tchau definitivo e inesperado, encerrar ciclos é um processo natural em todas as áreas de sua vida, mas a maneira de como encerrar esse filme diz muito sobre os personagens, lembrando que você não está saindo de um relacionamento sozinho, você está concluindo uma história que deixa marca para uma vida. 


É fundamental ter sensibilidade, ser verdadeiro, transparente, compreender o limite e a necessidade emocional da pessoa com quem você dividiu um pedaço de sua história reconhecendo a importância da construção de uma relação emocionalmente saudável, o companheirismo, atenção, fidelidade, é o básico para uma vida que é tão buscada por todos independentemente da crença, orientação sexual ou condição social.


Toda relação traz aprendizado, mas é importante ressaltar o cuidado com o outro. Ser cuidadoso, companheiro, atencioso não é troféu, é regra básica da responsabilidade afetiva mesmo no fim da relação. 

Há um grande número de pessoas com as emoções abaladas, medos e inseguranças fruto de uma experiência mal resolvida por pessoas que escolhem diversas formas de sair de um relacionamento, e na maioria delas são as piores possíveis gerando situações que bloqueiam o outro. 


Como diz a canção interpretada pelo Cantor José Augusto, “de igual pra igual quem sabe a gente pode ser feliz”, marcando sua voz nesta canção, ele cita a diferença no relacionamento baseado de forma destrutiva, remetendo a imperfeição e destroços emocionais que ficam na ausência da responsabilidade afetiva.


É preciso ter a sensibilidade do olhar verdadeiro, escuta atenta, vontade explícita, ver o outro de uma forma empática, segura e responsável. 
A necessidade da sensibilidade com o outro -Foto - Ramon Salles

Relacionamentos podem não ser eternos, mas o que fica dele é marcado na história diante do tempo, são memórias que acompanham e ensinam. E a cada novo ciclo, os aprendizados serão fundamentais para novas construções de vida a dois. No mundo da superficialidade, nas relações dos stories sorridentes e travesseiros chorando, vale colocar em prática o amor-próprio.

"Confira mais fotos no slideshow"


 

EXPEDIENTE

Reportagem e Texto: Ednaldo Gonçalves, Jhulia Pereira

supervisão Editorial: Rostand Melo, Ada Guedes

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