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Um olhar sobre a pandemia e a vacinação contra o Covid-19

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Desde 2019, o mundo se viu em colapso com a volta do vírus que até então, era considerado extinto. A pandemia inesperada da Covid-19 pegou todos os continentes de surpresa. Despreparados, todos iniciaram uma corrida contra o tempo na construção e adaptação de hospitais, isolamento social, e a busca pela vacina.


A vacinação contra a covid aqui no Brasil iniciou em 17 de janeiro de 2021. Desde então, o país já aplicou mais de 174 milhões de doses da vacina monovalente e 38,6 milhões de doses da vacina bivalente. Os dados são do Ministério da Saúde, atualizados em 09 de março de 2025.


Apesar se ser comprovadamente a principal estratégia de enfrentamento à pandemia, resultado com o fim da emergência em saúde, a vacinação gerou polêmicas e dividiu opiniões. Pensando nisso, a equipe de reportagem do Coletivo F8 buscou analisar as visões de diferentes pessoas durante o auge da campanha de vacinação, em 2022, ouvindo desde profissionais que atuam na linha de frente, até pessoas que já atingiram a imunização completa do vírus.


Entrevistada por Débora Leite, a enfermeira Laine Vilarim atuante no Município de Queimadas apontou seus desafios, fez uma analise sobre a vacinação e falou dos benefícios que a vacina pode trazer para quem a recebe.


Enfermeira Laine Vilarim e a técnica em enfermagem Wanessa Curvêlo
Enfermeira Laine Vilarim e a técnica em enfermagem Wanessa Curvêlo

Laine contou em detalhes os desafios enfrentados pelos profissionais da saúde durante a pandemia da Covid-19, e a chegada das vacinas imunizantes contra o coronavírus: “a demanda de vacina está chegando do Ministério da Saúde aos poucos, em contrapartida a população tenta burlar os critérios na tentativa de adquiri a vacinação antes do grupo priorizado naquele momento. As informações falsas das redes sociais também são um grande problema, porque elas causam medo às pessoas que vão se vacinar”.


técnica Wanessa Curvêlo vacinado na Unidade Básica de Saúde Saulo Leal Ernesto de Melo - Queimadas-PB
técnica Wanessa Curvêlo vacinado na Unidade Básica de Saúde Saulo Leal Ernesto de Melo - Queimadas-PB

A profissional de saúde alertou sobre a importância das vacinas em geral, segundo ela: “a vacinação é responsável pelo controle e erradicação de várias doenças no Brasil, outro ponto favorável é o baixo custo delas”.


Sobre as pessoas que recusam às vacinas a enfermeira apontou a segurança e eficácia: "eu lembro a época em que mortes de crianças eram recorrentes, por doenças como sarampo, rotavirus, deficiência, e paralisia infantil. Informo que a tecnologia empregada nas vacinas está cada vez mais seguras e eficazes".


Informou o plano de vacinação em Queimadas em vigor em 2022: "o plano vacinal de Queimadas segue as normas do Ministério da Saúde, a vacina do covid está seguindo um cronograma bem estruturado com faixa etária e a busca ativa dos agentes de saúde, que possuem fontes de informações seguras e confiáveis, utilizando sites para reforçar o aviso dos ACS (Agentes Comunitários de Saúde) das datas. É bem provável que até o final do mês de agosto atingiremos a faixa dos 18 anos para a primeira dose da vacina".


Para completar destacou o aprendizado das pessoas sobre higiene, e a necessidade do Equipamento de proteção individual (EPIs): "a higiene das mãos é muito simples e extremamente necessária, infelizmente a maioria dos profissionais da saúde e população esquecem e menosprezam, os EPIs são nossas fontes de segurança, e mesmo que incomode devemos usar sempre".


Mais imagens no slideshow:


Em uma entrevista concedida a Adryan Brito, a agente de saúde Tatiana Dantas do Município de Puxinanã, explicou os desafios enfrentados no tempo de pandemia, a importância da vacinação e as lições que tirou do tempo de isolamento social.


“O pior desafio dos agentes de saúde são às visitações em domicílios, no momento atual não podemos entrar nas casas porque temos que respeitar as normas de segurança contra a covid-19, isso afetou a forma com que colhíamos as informações, agora elas devem acontecer de forma rápida e às vezes algumas delas acabam despercebidas, principalmente atualmente que precisamos cadastrar pessoas para vacinação e alertar sobre os dias que as vacinas serão aplicadas”.


Ela explica a importância e eficácia das vacinas: “a vacinação é muito importante, a partir do momento que você faz seu esquema vacinal completo e está imunizada contra a devida doença, pode até contrair, mas vai impedir que se desenvolva de uma forma agressiva, muitas vezes consegue radicar, várias doenças foram radicadas devido à vacinação massiva.”.


A agente de saúde alertou as pessoas que rejeitam a vacina do Covid-19: “nós orientamos e explicamos as questões dos riscos, pelo fato das pessoas estarem expostas e mais vulneráveis ao vírus, mas infelizmente não temos controle da situação, quando o individuo recusa se vacinar ele assina um termo de reponsabilidade alegando que rejeitou a vacinação”.


Tatiana explicou sobre o plano de vacinação da Covid em Puxinanã: “creio que está bom, embora estejamos atrasados em comparação a outras cidades, mas dependemos da quantidade de doses que o ministério da saúde distribui para cada município, não tivemos atraso em relação à segunda dose, então acredito está em um bom andamento em Puxinanã, acredito que durante o mês de setembro chegaremos à faixa etária dos 18 anos para a primeira dose”.


Ela também destaca sua principal lição durante o tempo de pandemia: “viver intensamente, se apegar mais a família e amigos, priorizar cada momento e se cerca de pessoas que amamos”.


Silvestre Leite tomando a primeira dose da vacina astrazeneca no Município de Queimadas
Silvestre Leite tomando a primeira dose da vacina astrazeneca no Município de Queimadas

Em uma entrevista concedida a Karen Cirne, dona Rosicleide Correia Ferreira, de 39 anos, diarista, que teve a sua vez de se vacinar. Após quase dois anos de pandemia, correndo risco de contrair a doença e até mesmo morrer ela diz: "me sinto ótima, feliz por ter tomado a vacina. Agora estou protegida, protejo minha família e meus colegas de trabalho".


Rosicleide Correia tomando a dose da vacina
Rosicleide Correia tomando a dose da vacina

Apesar de mensagens positivas a rejeição a vacina ainda ocorre, dona Rosicleide deixa clara a importância de se vacinar: “proteger o próximo. São situações difíceis como essas que nós evoluímos como seres humanos, e tiramos lições de vida”.


Rosicleide por fim diz: "os cuidados com higiene foram redobrados e cuidados novos foram trazidos" (como o uso da máscara que vai fazer parte do cotidiano como ocorre no Japão no caso de pessoas com sintomas de doenças respiratórias).


Série Pandemia 5 anos:

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a classificação da Covid-19 para pandemia, indicando que a doença já havia se alastrado por todos os continentes. Naquele dia, os dados oficiais apontavam que mais de 118 mil pessoas já tinham sido infectadas em 114 países. O Brasil, já tinha 52 casos confirmados da doença. O estado de pandemia foi mantido pela OMS até 5 de maio de 2023.


Para marcar essa data histórica, o Coletivo F8 inicia publica de 10 a 14 de março de 2025 uma série especial sobre os 5 anos de pandemia, com reportagens produzidas por estudantes do curso de Jornalismo da UEPB.

 
Expediente:

Texto e reportagem: Adryan Brito, Karen Cirne, Amanda Natalia

Fotografia: Débora Leite e Karyna Lucena

Monitoria: Samanta Rocha

Supervisão Editorial: Rostand Melo

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