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Candomblé e autoconhecimento: raízes africanas de Gisele Dutra

Foto do escritor: Coletivo F8Coletivo F8

Foto: Alexandre Cesar

Na época do Brasil Colônia, proibido de ser praticado pelos escravos que trouxeram nos navios negreiros, além da força... cultura, credo e fé, o candomblé chegou no nosso país através desse povo. Sobrevivente a segregação através dos cantos em Iorubá (idioma da família linguística nígero-congolesa falado secularmente pelos iorubás), a religião que cultua os orixás, divindades ancestrais que representam a força da mãe natureza, com força vive e sobrevive atualmente.

Nos dias de hoje, o candomblé, assim como outras religiões de matriz africana, é cultuado por diversos seguidores que são encantados com a beleza existente na dança, na música e no trabalho que é realizado em cada terreiro ou barracão. O trabalho espiritual ajuda diversas pessoas, assim como ajudou Gisele Dutra, 26 anos, estudante do curso de Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que percorreu um caminho longo, passando por diversas religiões, até chegar nos braços da que hoje exerce sua fé. "Precisei passar pelo Xamanismo e Santo Daime primeiro, o que foi importante para a quebra dos meus preconceitos, depois fui para a Umbanda e Jurema. Só depois disso decidi conhecer o Candomblé."

Sobre o exercício de sua fé, Gisele comenta que "não é só uma religião, é um estilo de vida, uma identidade".

Filha de Iemanjá, a rainha do mar, ela encontrou o Candomblé em um momento complicado da sua vida e a sua mãe não a deixou desistir de viver, encontrou conforto, apoio e uma nova perspectiva depois de uma depressão, e foi através da religião que ela passou a se sentir melhor e se encontrar.

“Carrego transtornos psicológicos desde criança, o que sempre me impediu de ver a beleza nas coisas da vida. Eu nunca me sentia satisfeita e completa. Cheguei no Candomblé em uma época de depressão muito forte e me iniciei após uma tentativa de suicídio. Tudo na minha vida mudou depois da iniciação, sou muito mais equilibrada e não tenho mais crises pesadas de depressão. ”

É dançando nos rituais, cantando de peito cheio os versos que engrandecem a natureza, os orixás e entidades que ela se sente bem, ela mesmo afirma, “o Candomblé salvou minha vida...”

FICHA TÉCNICA:

Monitoria: Dalisson Markel

Supervisão editorial: Rostand Melo

Locação: Central de Aulas da UEPB

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