Um dos significados do nome Lorena é “reino da famosa guerreira”, e não é atoa que dona Conceição deu esse nome a sua filha. Lorena Rodrigues, 35, carrega no nome, nas palavras e nas ações, a força que herdou de sua mãe e uma determinação que, no momento mais difícil de sua vida, a fez se erguer e encarar os desafios com outros olhos.
"Vejo os obstáculos como um aprendizado"
Positiva e destemida, ela não tem medo dos obstáculos e sempre dá um jeito de mudá-los rapidamente. Um desses grandes desafios surgiu durante a pandemia, em 2020, quando se viu desempregada e precisou ressignificar sua fonte de renda através de uma paixão antiga, o Macramê.
Seu primeiro contato com a técnica se deu através de uma amiga. Até então tudo não passava de uma brincadeira. O que era até aquele momento um hobbie, do passado, retornou anos depois quando Lorena mais precisou. Foi aos poucos que ela começou a utilizar do seu talento com a arte, para empreender e se reencontrar com sua verdadeira vocação.
"Se não fosse por esse momento difícil, eu não teria me reencontrado com o macramê"
Sabe-se que o trabalho como empreendedor consiste em uma tarefa multiprofissional. Em sua empresa, Lorena passeia por diversas áreas e exerce desde a confecção até a divulgação do seu trabalho, passando por setores como a procura por material e o recebimento das demandas dos clientes. Além de produzir, fotografar e alimentar as redes sociais.
Dentre essas atividades, revela ter sentido um pouco mais de dificuldade em produzir conteúdo para as redes sociais, pois não utilizava a ferramenta antes de lançar sua loja Nó de Macramê. Apesar disso, ela se adaptou à necessidade, aprendeu algumas técnicas e já angariou pouco mais de dois mil seguidores e mais de 120 publicações. “A gente brinca que nesse meio de artesã, a gente é um faz tudo!”, brincou ela.
"Se eu tivesse deixado a peteca cair, não estaria onde estou hoje"
A empreendedora campinense encontrou o mercado transformado pela pandemia da Covid-19, e conta que ainda tem dificuldade na aquisição da matéria prima para suas produções. Explica que pensa na precificação do seu trabalho entendendo também seus clientes e a situação atual em que o mundo e o comércio se encontram.
Além disso, garante que quando se trata da qualidade de seus produtos, uma de suas maiores preocupações é poder utilizar materiais 100% ecológicos, livre de toxinas e o mais natural possível, diminuindo o impacto ambiental para que seus clientes possam ter em casa peças sustentáveis e seguras.
Foi na sala de casa, acompanhada de seus pets e uma boa música, que a historiadora iniciou seu novo projeto de vida, que hoje já conta com clientes de outros estados. Ela faz questão de receber cada encomenda com muito carinho e atenção, pensando em características particulares para cada peça.
Seus planos para o futuro pós-pandemia envolvem abrir um ateliê dedicado apenas para realizar seus trabalhos e talvez ministrar um curso para que outras pessoas possam embarcar nesse mundo com ela. Lorena ainda aconselha aqueles que desejam abrir seu próprio negócio: “Eu acho que a grande sacada é você procurar fazer o que gosta”, revela.
Como medida de segurança devido à pandemia da Covid-19, o ensaio fotográfico foi realizado à distância. Conhecida como fotografia remota, a técnica é simples e funciona por meio de videoconferências. É necessário a interação do fotógrafo com o retratado na escolha do local apropriado e posição do aparelho que vai capturar a imagem. Tudo isso através da tela.
Com o "novo normal", muita coisa teve que ser adaptada e na fotografia essa realidade está cada dia mais evidente com novas formas de produção através da tecnologia utilizando as ferramentas digitais.
FICHA TÉCNICA
Fotografia: Maria Eduarda Batista, Maria Luiza e Maria Eduarda Santos
Texto: Maria Eduarda Batista, Maria Luiza Farias e Maria Eduarda Santos
Pós-Produção: Maria Eduarda Batista e Maria Luiza
Modelo: Lorena Rodrigues
Monitoria e redes sociais: Oma Roxana, Andresa Alves e Louise Viana Supervisão editorial: Rostand Melo e Ada Guedes
*Retratos remotos
O Coletivo F8 optou por produzir retratos no formato de “ensaios remotos” durante a pandemia como forma de manter a produção dos estudantes de fotojornalismo da UEPB, respeitando os protocolos de distanciamento social. Os retratos remotos são ensaios onde os fotógrafos dirigem a cena “à distância”, por meio do uso de celulares ou outros dispositivos conectados via internet. Cada ensaio apresenta o personagem retratado com uma reportagem perfil ou entrevista.
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