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  • Coletivo F8

Canta, Marco Jr: A tranquilidade em forma de música


Marco Jr, cantor de MPB

“Quando não tinha nada, eu quis. Quando tudo era ausência, esperei. Quando tive frio, tremi. Quando tive coragem, liguei...”. Os refrões da música saiam suavemente conforme Marco Jr dedilhava as cordas do seu violão. Nascido no dia 25 de dezembro de 1993, sua tranquilidade marcava seu jeito de ser. Embora reconhecesse sua timidez permanente, o jovem rapaz em início de carreira não demorou para expressar sua paixão pela música.

Paixão essa que não possui data exata de quando começou. Mas como aconteceu se fazia impossível de esquecer, “é uma coisa que se confunde desde que me conheço por gente. Não lembro o dia exato que comecei. Eu lembro que eu era pequeno e ia para igreja com a minha mãe, a primeira vez que cheguei lá tinha um coral de crianças cantando, eu virei pra ela e disse “mãe eu queria cantar com eles” e ela disse “você pode ir”, deixei ela e fui me sentar do lado deles. Mas eu sempre fui muito musical sabe” comentou enquanto se ajeitava na cadeira pouco confortável.

A noite se revelava no instante que a melodia corria, “Quando chegou carta, abri. Quando ouvi Prince, dancei. Quando o olho brilhou, entendi. Quando criei assas, voei...”. Realmente, aos poucos Marco Jr fazia dessas as suas palavras. Nunca uma música fez tanto sentido, não que precisasse dela para afirmar que sua caminhada estava aos poucos se construindo com tanto brilho nos olhos.

Aparentemente com 1,80 de altura, o jovem sonhador apertou o play de start profissional em 2013, “minha carreira começou depois do Dom, foi um programa pela tv itararé que tinha a proposta de descobrir talentos da cidade, eles iram premiar a melhor voz masculina e a melhor voz feminina, e eu ganhei o concurso como a melhor voz masculina. Foi quando as oportunidades foram aparecendo. Desde então canto em casamentos, festas de quinze anos, bailes” afirmou.

Paraibano ao auge de seus 25 anos, Marco atualmente está com um novo projeto chamado “canta, Marco Jr”. Quando se pergunta sobre a origem do nome, os risos embalam sua explicação, “foi uma brincadeira com meus amigos, geralmente quando a gente tava em uma rodinha, o pessoal sempre dizia “ah Marco canta não sei o que, canta isso”, aproveitei para usar o nome e também instigar as pessoas a sugerir as músicas.” explicou gentilmente. O barulho da porta com o entra e sai de pessoas não atrapalhou sua alegria em falar sobre os grandes cantores e compositores que influenciam seu trabalho, “eu tenho Tim Maia como uma grande referência, Caetano, Gal, esse tipo de música sabe. Eu cresci ouvindo isso e é o que eu gosto de cantar hoje em dia” comentou.

Formado em arquitetura pela UFCG, Marco tem a música como sua aliada em todos os momentos da vida. Queria um dia poder conciliar todas essas atividades que tanto lhe faz bem, “meu sonho era juntar num canto todas as coisas que eu gosto de fazer, um espaço que eu pudesse produzir vídeo, que eu pudesse cantar, pudesse receber meus amigos, pudesse cozinhar” disse ao sorrir.

Sua calma amenizava todos os ruídos exteriores que poderia aparecer, enquanto se misturava com o suspiro sonhador do jovem musico ao falar sobre o futuro, “a experiencia do teatro é que me dá mais prazer. Eu tenho um sonho de criança, que é me apresentar na sala maior do teatro, então a ideia é essa, continuar até ter gente que consiga me assistir na sala principal”.

Continuar. Verbo que aos poucos se faz necessário fluir feito música pela sua trajetória. Até que um dia o mesmo dedilhado no seu violão possa mais uma vez expressar as letras de Chico Cezar, “quando me chamou, eu vim. Quando dei por mim, tava aqui. Quando lhe achei, me perdi, quando vi você, me apaixonei”. Na mesma frequência. No mesmo arranjo. Naquele mesmo tão sonhado palco.

 

Ficha Técnica:

Monitoria: Joyce Lima

Supervisão editorial: Rostand Melo

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