
Ester de Sousa, natural de Maracanaú, no Ceará, nasceu em 28 de março de 2003. Aos 18 anos, em plena pandemia, foi aprovada em dois cursos e concorrência alta: engenharia civil e medicina, optando por seguir na área de saúde. Em entrevista, falou sobre a felicidade de estar cursando a graduação dos seus sonhos e que, apesar de ser um curso difícil para entrar e cursar, se sente grata pela vaga.
Aos 16 anos concluiu o 3º ano do Ensino Médio, e em seu 1º exame no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), foi aprovada para o curso de engenharia civil pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU) na Universidade Federal do Ceará (UFC). Logo após, também teve sua aprovação em engenharia de produção, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Já sua aprovação em medicina, só ocorreu em abril de 2021 com o vestibular próprio da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
INÍCIO DA JORNADA: Como surgiu o sonho de fazer medicina? Fale um pouco como foi sua preparação.
Desde pequena eu sempre pensei em ir para a área da saúde, fora que eu pensava em ser cantora, entretanto isso ficou fora de questão, pois meu objetivo sempre foi ajudar as pessoas de alguma forma e eu queria fazer a diferença de uma maneira boa. Eu tinha uma médica (pediatra) que ela sempre foi minha inspiração, tanto que quando eu era pequena meu sonho era ser pediatra e também minha outra inspiração era minha avó que me motivava muito, ela falava que quando eu crescesse era para eu ser médica pediatra igual a minha médica. Minha preparação começou no 2° do ensino médio, nas férias do 1° para o 2° para ser específica, eu estudava na casa do meu tio o dia todo, pois em minha casa não tinha muito espaço, eu levava uma mesa já que lá não tem nenhum móvel e ele também não morava mais lá, daí eu começava mais ou menos umas 7:30 da manhã e ia até umas 17:00 da tarde e nesse horário eu parava porque não tinha energia na casa, após isso eu vinha para a minha casa e continuava estudando na cozinha até umas 21:00. Nas férias do 2° para o 3°eu fiz a mesma coisa e quando voltou as aulas eu continuei estudando pelos conteúdos da escola, contudo eu não consegui ser aprovada em medicina logo de cara, eu consegui a aprovação no curso de engenharia civil na UFC pelo SISU e consegui ser aprovada em engenharia de produção pelo PROUNI, apesar de serem cursos muito bons eu sabia que não era para mim então decidi continuar estudando, daí eu me reorganizei e comecei novamente em janeiro de 2020, mas eu mantive o ritmo constante por pouco tempo, pois eu já estava bastante cansada e em setembro do mesmo ano eu comecei a trabalhar e essa constância já não existia mais, apesar de tudo eu tinha uma boa bagagem, e foi com essa bagagem que eu fiz a prova da UECE em dezembro e o resultado da aprovação veio em abril de 2021.

PONTAPÉ PARA O FUTURO: Você já está indo para o segundo semestre do curso, durante esse primeiro semestre você já tem alguma noção de especialização que queira seguir?
Quando eu entrei na faculdade eu já tinha o pensamento de ser cardiologista, meio que já estava no meu coração, só que quando de fato eu estava lá teve outra área que gostei muito, que no caso é a obstetrícia, porém eu acho muito cedo para eu me "pré especializar", mas provavelmente eu só vou conseguir definir mesmo isso no internato.

DESTAQUE: Alguma de suas aulas foi marcante para você? Qual foi e porquê?
Sim teve sim, a aula mais marcante foi a 1ª aula de laboratório de anatomia que eu tive com a minha coordenadora do CCS, nessa aula ela explicou o conteúdo no quadro e logo após minha turma foi aplicar os conhecimentos na prática, no caso com cadáveres, essa aula foi importante porque essa professora foi a única que eu tive o contato presencial já que estamos no meio de uma pandemia, e usar os conhecimentos teóricos já na prática foi bem incrível.

MOTIVAÇÃO: Para finalizar, como você descreve o curso para os alunos que pretendem fazer vestibular para ingressar em medicina?
Eu sou suspeita para falar porque eu sou muito apaixonada por esse curso, até agora não caiu a ficha que eu passei, para mim medicina é tudo, se a pessoa estiver com o objetivo de ser um médico (a) por amor a profissão, não apenas pelo dinheiro, apesar de ser bem importante, mas levando como plano maior cuidar das pessoas e também ter a consciência sim que vai perder noites de sono durante o estudo, no caso durante a faculdade e após, pois se não existir esse amor você vai sair do curso com o psicológico abalado porque é sim um curso pesado.
FICHA TÉCNICA Fotografia: Wanderson Gomes
Edição das fotos: Ana Beatriz
Entrevista e Texto: Antônio Neto e Yuri Barbosa Edição e pós produção: Vitória Virgínia Monitoria: Myrlla Anjos
Supervisor editorial: Rostand Melo
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