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Mãe, bibliotecária e sensei: conheça Irenilda Medeiros, lider do Kendo na UEPB

  • Arthur Alexandre e João Carlos Trajano
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Sensei Irenilda Medeiros em pé, vestida com um kimono roxo e segurando um livro.
Irenilda Medeiros. Foto: João Carlos Trajano

“O Kendo é uma arte marcial de autoconhecimento. Ele trouxe isso para a minha vida. Coisas que eu tinha medo, eu perdi trabalhando essa lacuna dentro do Kendo.” São essas as palavras da sensei Irenilda Medeiros, bibliotecária da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).


Irenilda conheceu a arte marcial em 2002, através de seu esposo, Márcio Medeiros, quando o convidou para fazer uma apresentação em um famoso evento de RPG, em João Pessoa. Após se casar em 2003, ela começou a praticar o Kendo. Até então, ela conta que nunca havia ouvido falar: “Não conhecia a arte antes e nem sabia o que significava Kendo. A gente via alguma coisa nos filmes, mas eu não sabia que existia uma arte com esse nome.”


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O Kendo é uma arte tradicional japonesa, praticada por 2 pessoas. É uma luta de ataque, que usa espadas de bambu (Shinai) e uma armadura de proteção (Bogu). Tem sua influência nos samurais, e se assemelha à esgrima. Para pontuar, o atleta deve conseguir tirar o centro do oponente e bater em uma das partes da armadura. A hierarquia segue ordem crescente do primeiro ao oitavo dan, a partir do quarto dan é possível se tornar sensei.


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Em 2013, a então primeiro-dan de Kendo precisou se mudar, de João Pessoa para Campina Grande, por motivos de trabalho na biblioteca da universidade. Ela conta que sentiu a necessidade de voltar a treinar, mas não havia nenhuma prática na cidade: “Eu vim trabalhar em Campina Grande em 2012. Em 2013, eu senti falta de treinar.”


No ano seguinte, em 2014, Irenilda conseguiu formar o primeiro grupo de Kendo em Campina Grande, através da Coordenadoria de Esporte e Lazer da UEPB (COEL/UEPB). Por necessidade, a bibliotecária teve que assumir a liderança do grupo, já que só é possível se tornar líder a partir do quarto dan: “Como a gente ia ficar anos aqui sem ter nenhuma figura representativa, eu fiquei à frente do grupo como sensei”.


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Além da luta em si, o objetivo do Kendo é aperfeiçoar o caráter do praticante através dos valores éticos do esporte. Para a sensei, o exercício da arte é uma terapia, pois nela você mantém o foco o tempo todo na luta e se desliga da realidade em sua volta, como diz Irenilda: “Quando é a minha vez de entrar, eu fecho os olhos para manter o foco. Naquele momento, eu esqueço do mundo externo, minhas preocupações e tento focar aqui.”


Iedo Junior - Aluno de Irenilda
Iedo Junior - Aluno de Irenilda

Hoje, aos 45 anos e mãe de 3 filhos, Irenilda se tornou terceiro dan dentro do Kendo. Ela ainda continua a frente do projeto na UEPB, que já conta com 7 praticantes. Um dos maiores ensinamentos que o Kendo trouxe a Irenilda foi a amizade de seus colegas de equipe que, para ela, é a força motriz de quem decide trilhar o caminho dessa arte: “Se você não tem essas pessoas para ser sua rede de apoio e ter esse companheirismo, você não continua o kendo durante anos e anos.”


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FICHA TECNICA

Supervisão editorial: Rostand Melo


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