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Hipólito Lucena, de Catolé do Rocha para o mundo do cinema

Atualizado: 26 de abr.


Foto: Paulo Matheus

Hipólito de Souza Lucena, (56), é natural de Catolé do Rocha (PB) e cresceu no sertão paraibano, terra em que morou até meados dos anos 1960 quando a família se mudou para Caicó, região do Seridó, no Rio Grande do Norte. O jornalista conta que o contato com essas cidades na infância, influenciaram na sua paixão pela arte.


Quando criança sempre gostou de interação, estar entre as pessoas, ouvir suas histórias, principalmente dos mais velhos. Ficava maravilhado quando encontrava gente disposta a contar as histórias da cidade. Uma infância marcada por aventuras e curiosidade, que acabou gerando repertório para a área de produção artística e criativa, a qual se dedica atualmente.


"Uma área de criatividade artística muito interessante, a gente sai desse sertão da Paraíba e vai se contaminar com o seridó Rio Grandense, espaço que eu diria que foi minha base, principalmente, Caicó.”


No final dos anos 1970, Hipólito e sua família se desligaram do município potiguar e se mudaram para a cidade de Campina Grande. Com novos propósitos a serem alcançados, a mudança para a Rainha da Borborema trouxe significados para sua vida, desde a afirmação do elo às suas raízes à sua formação e crescimento como profissional.


Considerado generalista e eclético, ele gosta de atuar em diferentes áreas. Graduado com licenciatura plena em Educação Física, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no ano de 1990; em Comunicação Social – com habilitação em Jornalismo, também pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no ano de 1996; e mestre em Desenvolvimento Regional, pela mesma instituição, em 2012.


Foi professor do ensino superior na Facisa, no curso de Administração, arquitetura e turismo, com um sistema pedagógico voltado ao patrimônio cultural, estético e para a história da arte. Na UFCG, lecionou nos cursos de Pedagogia e também em Arte e Mídia. Depois disso, voltou para a UEPB, onde hoje atua como Coordenador de Comunicação da instituição.


Apesar de se dedicar à docência, Hipólito nunca se distanciou das diversas formas de arte, e a primeira que se destacou em sua vida foi a dança. Em 1988 ele entra para o Grupo de Cultura Nativa Tropeiros da Borborema e como integrante participou de diversos festivais no Brasil e também na Europa, se apresentou em mais de 100 cidades, neste grupo de danças folclóricas que se tornou referência mundial com a diversidade que abordava nos shows.



Foi durante as apresentações pelo mundo, que Hipólito teve a oportunidade de começar a registrar os espetáculos. Estava plantada a semente para sua entrada ao audiovisual. Seu interesse pelo ato de registrar foi apenas o início de uma jornada no campo da produção em artes midiáticas que dura até hoje, e durante a qual o jornalista se tornou também roteirista, produtor, diretor, ator e pesquisador da área do audiovisual.


"Eu queria entender a dança, a arte das pessoas de outras cidades, no contexto do mundo, então eu precisava gravar aquilo para ficar como material de estudo meu".

Apesar do seu gosto em se mover por diferentes áreas e estar sempre procurando coisas novas, se sente realizado com seu trabalho e diz ser uma experiência extremamente satisfatória fazer o que ama. Hipólito afirma ainda que, dentre as várias habilidades e fazeres, gosta mais de produzir: "Construir pontes e escadarias para que as coisas aconteçam me completa mais".


E são várias as pontes e degraus que tem erguido como diretor do Festival Audiovisual Comunicurtas, como colaborador do Festival de Cinema de Rua de Remígio, do Festival de Cinema no Meio do Mundo e como integrante e entusiasta do movimento Cinema Instantâneo, na Paraíba.


Confira mais fotos no slideshow:


 

EXPEDIENTE

Texto: Alanys Gonçalves, Davi Oliveira, Ester Varelo e Paulo Matheus

Supervisão editorial: Ada Guedes e Rostand Melo


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