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  • Vitória, Beatriz, Elaine, Renata e Maria Clara

Vida e arte de Leandro Alejo: O argentino do alfajor


Foto: Elaine Fabiola

Leandro Alejo, 46 anos, nasceu em Mendoza, na Argentina. Artista de berço, encontrou na música seu propósito de vida, e desde então segue encantando o mundo com a sua arte. “Meu pai, minha tia, vem de família o amor pela música”.


Influenciado pelo seu pai, que é músico, aprendeu a tocar violão e charango (instrumento boliviano) e estudou música em seu país, trabalhou em diversas coisas, começou como professor, porém não se identificou com a profissão, chegou a fazer serviço braçal “O trabalho era muito pesado”, portanto decidiu continuar fazendo música.


Durante um tempo, participou de uma banda, mas a rotina estressante o fez desistir, “O palco não era pra mim, eu ficava muito nervoso, tem muita coisa”, e o que parecia frustrante no início, foi na verdade uma virada de chave em sua vida, pois ao se perder nos palcos, Alejo se encontrou nas ruas “ Eu sou músico de rua, na rua é muito espontâneo, você tem muitas surpresas”, revela.



Foto: Renata Carvalho



“SE HOJE ME PEDISSEM PRA ESCOLHER, EU ESCOLHERIA A RUA. EU SERIA FELIZ TRABALHANDO SÓ DISSO, MÚSICA É MINHA PAIXÃO”.

EN(CANTO)


Cantava na sua cidade, na rua, em centros culturais, fazia viagens, mesmo com outros trabalhos, nunca deixou de fazer música. Sul-americano, Leandro sempre teve vontade de conhecer o Brasil. Em 2017, em uma de suas apresentações, conheceu sua companheira na Argentina, uma brasileira que o convidou para conhecer o país “vim passar um mês e já estou a seis anos”.


Os desafios no começo foram inevitáveis “ É uma cultura muito diferente, a língua, eu não entendia nada”. E mesmo sem falar perfeitamente o idioma, ele nunca deixou de ser entendido, e seguiu conversando com as pessoas com uma linguagem universal, a música: “Você percebe no rosto das pessoas, quando elas estão gostando”. E assim já se apresentou em lugares como Recife, Olinda, Natal e Fortaleza.



Foto: Beatriz Alves


“ UMA VEZ, ME ENTREGARAM UM PAPEL, E ESTAVA ESCRITO “OBRIGADO, VOCÊ ALEGROU O MEU DIA”, ISSO É MUITO GRATIFICANTE PRA MIM, MAS TAMBÉM JÁ FALARAM “DEIXA DE TOCAR ESSA MÚSICA VAGABUNDO”.

CULINÁRIA E TRADIÇÃO


Amante não só da música, mas também da culinária, sempre gostou de cozinhar, na escola fez um curso técnico e aprendeu a produzir alimentos “ Embutidos, doce de tomate, de pêssego”, trabalhou em restaurante, e com o seu pai produzia doces “Se por uma parte minha família é música, a outra é cozinheira”, Sem trabalho, ele relata as dificuldades que enfrentou durante a pandemia “ Eu não consegui o auxílio, mas consegui passar bem, economizei, a saúde foi bem, a saúde mental mais ou menos”. Dentre tantos doces que ele ama, um faz parte de sua cultura, e tem lugar especial no seu coração, o alfajor “Minha tia fazia, eu gostava muito, é algo muito argentino”. Como não trabalha formalmente, encontrou no doce, uma forma de ganhar dinheiro, conhecido como “argentino do alfajor” ele vende a sobremesa pelos corredores da Universidade Estadual da Paraíba. “Minha vida é tocar música e vender alfajor”.



Confira mais imagens desta produção:



 

Ficha técnica:

Texto: Renata Carvalho

Monitoria: Briza Luiza e Ivaneide Nunes

Supervisão Editorial: Ada Guedes e Rostand Melo




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