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Conheça Paizinha Lemos: a memória fotográfica da UEPB


Foto: Liliane Rocha

A arte da Fotografia costuma ser ampla, singular e complexa. Em todo lugar do mundo surgem fotógrafos e fotógrafas, mas poucos possuem o diferencial necessário para se destacarem no mercado de trabalho. Aos 66 anos, Maria da Paz Lemos, mais conhecida como Paizinha, conta que iniciou a sua carreira profissional em 1991. Após 2 meses de sua colação de grau no curso de Jornalismo, a fotógrafa começou a trabalhar na área de assessoria de imprensa. Através desse emprego que conseguiu comprar a 1ª câmera fotográfica.


Foto: Natália Holanda



Quando questionada sobre as principais dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho, a resposta estava na ponta da língua: "Nada foi fácil, no início. Procurei espaço dentro da UEPB, mas já havia um fotógrafo prestando serviço. Continuei insistindo, me aprimorando. Depois de certo tempo, consegui conquistar o meu espaço".


Foto: Liliane Rocha

A Paraibana comentou sobre alguns outros perrengues encontrados no princípio da trajetória fotográfica: "Trabalhei vários anos como secretária. A guinada veio quando o plano de Cargos e Carreira foi aprovado. Consegui sair de uma função de nível médio e passei para o superior. Consegui mudar os equipamentos, pois o dinheiro aumentou."


Foto: Pethson Rikson


Nem tudo são flores nessa vida. Paizinha não teve o apoio da família para dar os primeiros passos na carreira: "Não tive o apoio em casa. Entretanto, não os culpo. Sempre estudei em escolas públicas e fiz supletivo. Nada foi facil", conta.


Foto: Natália Holanda

Com bagagem profissional de 31 anos, a residente da cidade de Campina Grande - PB, revela a ausência de inspirações humanas em sua trajetória: "Não acompanho o trabalho de ninguém. Eu faço o meu e procuro progredir sozinha. Para ser sincera, qualquer coisa me inspira".


Foto: Natália Holanda

Paizinha afirma nunca ter sofrido preconceito no meio profissional e alega sempre buscar fazer o próprio trabalho do jeito certo - com amor e procurando capturar todos os detalhes importantes. Ela também menciona a falta de reconhecimento:


"A profissão não é reconhecida. Os fotógrafos não costumam receber os seus devidos créditos".

Foto: Pethson Rikson

A fotógrafa também possui trabalhos paralelos prestados ao grupo de danças de cultura popular Acauã da Serra: "Através dele recebi o reconhecimento internacional. Já levei o meu trabalho para Portugal, Espanha, Itália, França e Chile. Também estive em festivais no Rio Grande do Sul, Paraná e em São Paulo - neste último, visitei Olímpia - SP, capital nacional do Folclore.


Foto: Pethson Rikson

Foto: Pethson Rikson

Paizinha é uma amante de sua cidade natal, Campina Grande - PB, nascida e criada aqui, ela diz que jamais trocaria por qualquer outro lugar e conclui enfatizando o amor pelo time de futebol paraibano Campinense Clube: "O campinense clube é um grande amor na minha vida. Procuro sempre acompanhar tudo que ele participa."


Foto: Natália Holanda


Foto: Natália Holanda
 

FICHA TECNICA:

Fotografia e reportagem: Liliane Rocha, Natalia Holanda e Pethson Rikson

Entrevistas: Natalia Holanda

Monitoria: Ester Bezerra

Supervisão editorial: Rostand Melo

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