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  • Nicoly Silva, Joyce Lima e Ana Júlia Morais

"Mulheres": A luta por direitos e o combate ao machismo


Menina segurando um cartaz escrito "Contra o machismo pelo fim do capital"

“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.”

Simone de Beauvoir


Como diz a própria frase de Simone de Beauvoir basta uma crise politica para os direitos das mulheres seja questionado ou revogado. E a manifestação que aconteceu no dia 24 de novembro de 2017 na praça da bandeira não foi diferente, ONGs e grupos feministas juntos para lutar contra a PEC 181, violência contra mulher e PL que é contra falar sobre gênero nas escolas da cidade de Campina Grande.


O Brasil é um país que a maioria da população é composta de mulheres, e ainda assim é um dos gêneros que mais sofrem com violência física e psicológica. A cada 2 segundos uma mulher é vitima de violência física ou verbal no País, segundo o relógio da violência do instituto Maria da Penha.


Em uma pesquisa feita pelo Datafolha, encomendada pelo fórum brasileiro de segurança diz que 52% das mulheres se calam diante da violência que sofre, muitas vezes por ser um homem próximo como marido, primo, vizinho, colega de trabalho e etc.


O estado da Paraíba é composto de 51,3% de mulheres (segundo dados do IBGE) mesmo assim já levou 140 mulheres à morte na Paraíba no primeiro semestre de 2017, e esse foi o número identificado como agressão, imagina quantas morreram por violência domestica e foi identificado como sua morte qualquer outra coisa menos o que de fato aconteceu.


Quando está perto de datas de luta como Dia Internacional da Mulher, Dia Internacional da Não-violência Contra a Mulher e o aniversario da lei Maria da Penha há conscientizações para as denúncias, depois que essas datas passam não se fala mais sobre, afinal todos conhecemos alguma mulher que já sofreu algum tipo de violência física, psicológica, assedio ou se você é mulher já sofreu algum tipo de violência.

Uma das integrantes do movimento de mulheres Olga Benário, que foi uma das ONG que estava participando do ato, conversou com nossa equipe.


Perguntamos o por que desse ato na praça da bandeira e a resposta dela foi: “Em alusão ao dia 25/11 que é o dia de luta mais ferrenha de violência contra a mulher, contra a PEC 181 que destrói completamente o direito da mulher do que fazer com seu corpo e também estamos aqui para discutir sobre o projeto de lei municipal que proíbe a fala sobre gênero nas escolas de Campina Grande”.


O curioso desse ato foi quando uma profissional do sexo chegou à roda de diálogo e resolveu falar sobre sua vida e sua carreira. Sua primeira frase foi “Sou puta, sou mãe, sou mulher, sou avó, sou filha e exijo respeito”. Ela também indagou o fato de não ser levada a serio quando algum cliente a agride e ela vai denunciar em alguma delegacia. Deixando de lado que ela é uma mulher, e foi agredida por um homem, no entanto leva em consideração que ela é uma profissional do sexo.

Texto: Nicoly Silva.

Fotos: Nicoly Silva e Joyce Lima.


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