Duas semanas após a publicação do Diário Oficial do Estado (DOE) sobre a antecipação dos feriados de Tiradentes, Corpus Christi e da fundação da Paraíba, instituindo ainda um feriado adicional no dia 29 de março, com o objetivo de conter a disseminação do Coronavírus, a superlotação em pontos comerciais da cidade continua acontecendo.
Funcionando das 7 horas da manhã até as 17 horas da tarde, não tendo redução de carga horária, a feira central tem o seu maior pico de movimento pela manhã e nos fins de semana, onde, em nenhum desses dias ocorre qualquer tipo de inspeção feita por qualquer autoridade do estado. O local, que parece um ponto distinto de Campina Grande, onde a pandemia é completamente inexistente, recebe diversos feirantes de sua abertura ao seu fechamento.
A situação no local, mesmo em seus dias mais fracos, é preocupante. O uso de máscaras, tanto pelos feirantes, quanto pelos visitantes, é desrespeitado, assim como o distanciamento. 'Em horário comercial, a fiscalização é inexistente', conta Ianka Santos Costa, trabalhadora do local a um ano e meio.
Saindo da feira e indo para um dos pontos de maior circulação do centro de Campina Grande, o Shopping Edson Diniz abre suas portas ás 8 horas da manhã e encerra suas atividades ás 18 horas. O maior pico de movimento do local acontece entre as 16 horas da tarde. Com a supervisão do Programa de Proteção e Defesa ao Consumidor (PROCON), as mudanças feitas no estabelecimento, estabelecidas para a melhor circulação entre clientes e lojistas, exigem a presença de álcool em gel em todas as lojas e que a circulação de clientes só ocorra com o uso da máscara, contrariando esta ordem, o cliente é sujeito a multa. 'Além disso, todas as lojas do local seguem o distanciamento feito por faixas amarelas, fazendo com que os corredores fiquem mais espaçosos, evitando o contato mais direto entre cliente e lojista.
As situações opostas em pontos comerciais da cidade provam que, mesmo com a aprovação de duas medidas provisórias visando que a circulação entre a população paraibana ocorra de maneira segura, seguindo os protocolos exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a superlotação e aglomeração continuam sendo algo impossível de se exilar do cotidiano do brasileiro.
Confira mais fotos no slideshow.
FICHA TÉCNICA
Fotografia, reportagem e texto: Giovanna Morais e Pedro Santos
Monitoria e redes sociais: Manoel Cândido , Josineide Barbosa e Louise Viana
Supervisão editorial: Rostand Melo
*Fotoilustrações na pandemia:
O Coletivo F8 optou por produzir matérias do gênero “ilustrações fotográficas” durante a pandemia como forma de manter a produção dos estudantes de fotojornalismo da UEPB respeitando os protocolos de distanciamento social. As fotoilustrações permitem ao fotógrafo criar uma cena com o objetivo de representar visualmente um tema ou pauta. O uso de objetos, cenários e, em alguns casos, edição de imagens é comum neste gênero.
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