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  • Por Jedmo Tavares

Zé Luan Costa: uma vida entrelaçada com a Cultura Popular

Atualizado: 29 de set. de 2020


Luan Costa, de 31 anos, nasceu no dia 19 de maio na cidade de Campina Grande, no agreste da Paraíba.


Licenciado em História e especialista em Gestão Pública com ênfase em Políticas Culturais [ambas as formações pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)], atualmente trabalha como técnico-administrativo na Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da universidade.


Foi ainda durante a fase de estudante universitário que presenciou algo que mudaria a sua vida de uma vez por todas: por meio de apresentações de grupos populares realizados dentro da universidade, teve o contato mais direto e próximo com a cultura popular, especialmente com as culturas afro-brasileira e indígena.


“(...) À época, teve aquela questão da lei do ensino das culturas afro-brasileira e indígena nas escolas e a universidade começou a trazer muitos grupos populares a se apresentar, então eu comecei a ver aquilo como uma coisa em que eu deveria conhecer e adentrar, pois essa cultura popular me encantou pela questão da identidade étnica do Brasil”, disse.


Desde então, começou a estudar essas culturas e viajou para cidades como Olinda e Recife (ambas em PE) para conhecer mais profundamente as Nações de Maracatu, o Coco, a Ciranda, dentre outros ritmos, até começar a participar de projetos culturais pela cidade de Campina Grande.


Atuou como diretor do Centro de Cultura e Arte (Cuca/UNE) entre 2008 e 2010, coordenou o projeto de extensão Integração Cultural na UEPB (em 2014) e o grupo Maracagrande (de 2012 a 2017), trabalhando também como produtor geral do CD do grupo “Meu Baque é Forte” (em 2016) e produzindo eventos populares e instrumentais pela cidade. Assim, como percussionista, luthier e produtor cultural, ficou conhecido como Zé Luan.


Diante de instrumentos ociosos em sua casa e almejando fazer algo a mais para a comunidade, criou - no início de 2018 - junto com a sua esposa Nayanna Brito, o Projeto Ayan, que promove oficinas, ensaios e apresentações de percussão e culturas afro-brasileira e indígena para a comunidade de Campina Grande.


“Como fabrico os instrumentos e alguns estavam ociosos em casa, surgiu a ideia, junto com a minha esposa Nayanna (que também toca, canta e dança), de fazermos esse ambiente de integração e aprendizagem percussiva das culturas afro-brasileira, indígena e regional pela cidade.”


Segundo Luan, o nome do projeto deriva do Orixá responsável pelo tambor na tradição Yorubá:


“Ayan é a força que vibra do tambor a partir do toque, lembrando que, tanto para o indígena quanto para o africano, o tambor tem um valor social. É herança deixada de pai para filho, sendo responsável por conectá-los com os seus ancestrais. É através do toque do tambor que são celebradas as estações do ano e datas comemorativas; ou seja, ele é um elemento comunicativo importante para esses povos e tradições.”




 

Ficha técnica:

Reportagem e Fotografia: Jedmo Tavares

Monitor: Willy Araujo

Supervisor Editorial: Rostand Melo

Personagem: Luan Costa

Locação: Parque Ecológico de Bodocongó


AGRADECIMENTOS:

Primeiramente, ao meu entrevistado, Zé Luan, pela sua predisposição, pelos diálogos e paciência - o importunei por três ou mais vezes (rs) - e ao professor Rostand Melo, pela oportunidade, pela sua dedicação, elucidação e paciência com este mero estudante de Jornalismo.

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