Desde o começo da pandemia, além da doença, há uma voz que perturba o brasileiro, a voz do desemprego. Em especial na Paraíba, que em 2020, primeiro ano de pandemia, a taxa média de desemprego bateu seu primeiro recorde. Houve um crescimento de 2,7% no número de desempregados em relação a 2019.
Com medo de sair e de não ter pão para alimentar sua família, o paraibano (bem como o brasileiro) que perdeu seu emprego por causa da pandemia tem uma escolha a fazer: sair na rua, se tornar um informal e ter a chance de morrer de Covid-19 como os mais de 400 mil brasileiros já falecidos pela doença, ou ficar em casa a espera de que tudo melhore.
Não é uma decisão fácil, em ambos os lados a preocupação é gigantesca! Do lado do empreendedor, que tinha o sonho de levar a sua empresa adiante, o sonho foi parcial ou integralmente abalado pela pandemia.
Uma pesquisa do Programa Paraibano da Qualidade (PPQ) e o Comitê Permanente do Setor Produtivo do Estado da Paraíba mostrou que 95% das empresas do estado perderam faturamento. Em 25% dos casos, as empresas tiveram 100% de prejuízo.
Empregador e empregado travam uma batalha difícil: escolher entre um auxílio, que mal dá
para pagar as contas básicas, ou o fato de que ir para a rua trabalhar significa estar exposto
ao vírus.
O paraibano, bem como todo nordestino, é, antes de tudo um forte, mas sem comida na mesa, sem uma ocupação, ele se torna vulnerável, pois está na tênue linha entre estar contaminado e morrer ou ficar de estômago vazio, vendo sua família passar por isso e não poder fazer nada.
O que poderia salvar seriam as vacinas, que estão aos poucos sendo aplicadas, mas não o suficiente para retornar à economia pujante que vimos outrora. Fábricas, lojas, restaurantes, comércios estão sendo dizimados aos poucos pelo grave momento que passamos. É preciso ações da esfera pública como benefícios fiscais, para contornar o problema.
A pandemia ceifa vidas, empregos, sonhos e oportunidades, mas é necessário manter a fé
e esperança que dias melhores virão. Mais cedo ou mais tarde, a preocupação de se ter
emprego será menor e o sol irá raiar na Paraíba como sempre fez: primeiro e radiante.
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FICHA TÉCNICA:
Fotos e texto: João Vieira Leitão
Supervisão editorial: Rostand Melo
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